segunda-feira, 17 de outubro de 2011

MEDITAÇÃO DO DIA

17 de outubro Segunda


Sintonizando o Coração


Devolve-me a alegria da Tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto para obedecer. Salmo 51:12

Conhecemos Davi como o “homem segundo o coração de Deus” e também como o amado “cantor dos cânticos de Israel” (2Sm 23:1). Paralelamente, ao lado da história de Davi, temos também suas orações no livro de Salmos. São 150 orações das quais 73 são atribuídas a Davi. O Salmo 51 é um dos mais usados nas orações, pela revelação da fragilidade de Davi e por seu pedido de socorro.

A história por trás desse salmo é vívida e cheia de tramas, como as histórias de Hollywood. Inclui assassinato e adultério, mentira, engano e a morte prematura de uma criança, sem falar nos desdobramentos que Davi enfrentou dentro da própria família. Além de ser um salmo de arrependimento, é também um lindo poema, como vemos nos trechos a seguir:

“Apaga as minhas transgressões” (v. 1). Ele vê seus pecados que precisam ser removidos como escritos em um livro.

“Tem misericórdia de mim” (v. 1). Ele merecia justiça e não misericórdia. Pela justiça, ele seria morto. A misericórdia é sua única esperança.

“Por teu amor” (v. 1). O amor fiel de Deus é dado não porque sejamos bons, e também não é tirado de nós quando somos maus. Temendo o julgamento, ele pede o carinho e a compaixão de Deus.

“Lava-me e purifica-me do meu pecado” (v. 2). Você já viu pessoalmente, ou pelo menos em imagens, os rostos de operários de minas de carvão, ou de limpadores de chaminé? São rostos escurecidos, manchados, com apenas dois pontos claros, os olhos. Depois de ter passado todo um dia na sujeira, o que eles mais anseiam é tomar banho num chuveiro com jato de água forte e abundante. Assim, também, almejamos os chuveiros da graça de Deus. “Cria em mim um coração puro, ó Deus” (v. 10). Quantos de nós já não fizemos essa oração centenas de vezes. E alguns a repetem em seus momentos devocionais, a cada dia.

Ellen White comenta essa oração e diz: “Uma das orações mais sinceras registradas na Palavra de Deus é aquela de Davi quando suplicou: ‘Cria em mim um coração puro, ó Deus.’ A resposta de Deus para tal oração é: ‘Um novo coração te darei.’ Eles receberão o novo coração, que é mantido tenro pela graça do Céu” (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 1.165).

O arrependimento está à disposição dos que caírem, dos que admitirem sua necessidade e dos

LIÇAO DOS JOVENS 15 A 22 DE OUTUBRO

Justificação somente pela fé

Casa Publicadora Brasileira – Lição dos jovens 442011



“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.” (Gl 2:20)

Prévia da semana: A fé torna possível nos aproximarmos de Deus e aceitarmos Suas provisões, concedidas pela morte de Cristo, para nosso perdão e restauração a uma posição de justiça diante dEle. Pela fé podemos morrer para nós mesmos e deixar Cristo viver em nós.

Leitura adicional: Mt 17:14-20; Mc 9:14-29; Lc 23:32-46; Ellen G. White, Fé e Obras; Morris Venden, 95 Teses da Justificação Pela Fé.




Domingo, 16 de outubro
cpb - introdução

Justificação pela fé



A ideia de justificação pela fé é um conceito estranho para muitos. Embora seja simples em sua natureza, tem confundido até mesmo os mais inteligentes. Ao longo dos séculos, a conduta dos seres humanos tem sido com base no princípio de ganhar recompensa. Por exemplo, no local de trabalho, somos pagos pelo trabalho que fazemos. O que você coloca, é o que você tira. O dom da salvação de Deus está em nítido contraste com essa mentalidade de “máquina: insira o seu dinheiro e pegue o seu refrigerante”.

Muitos acreditam que precisamos ganhar nosso caminho para o Céu, mas esta crença está em conflito direto com a Palavra de Deus. Primeiramente, não temos direito ao Céu. Quando dizemos que nossas boas ações podem salvar-nos, estamos dizendo que não somos pecadores, que não merecemos morrer e, por fim, que o sacrifício de Jesus não tem relevância em nossa vida. Quando argumentamos que guardar a lei nos tornará justos, estamos insultando Sua perfeição. Quando contemplamos a bondade de Deus e Sua lei, vemos nosso próprio pecado e reconhecemos nossa necessidade de um Salvador. Romanos 3:20 afirma que “ninguém será declarado justo diante dEle baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado”.

Somente quando nos convencemos de nossa pecaminosidade nos tornamos dependentes de um Salvador que pode justificar a vida que nós mesmos não podemos salvar.

Justificação, por definição, é fazer algo justo. Fazer significa produzir, motivo para existir ou acontecer e para trazer. Dicionários definem justo como verdade, razão, justiça e justiça com base no que é certo ou legal. Em outras palavras, quando somos justificados, Deus produz um método para sermos corretos, ou para estarmos de acordo com a lei. Ele nos diz em Romanos 3, que todos pecaram e carecem da glória de Deus; e em Salmo 14:3 lemos que “não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”. Ao longo da Bíblia Deus repete que ninguém é merecedor do título justo. “Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito:

‘O justo viverá pela fé’” (Rm 1:17). Está escrito que a justiça é revelada numa vida vivida pela fé. Recebemos a justificação pela fé no poder do nosso Deus para concedê-la.


Mãos à Bíblia

1. Paulo usou a palavra justificado quatro vezes em Gálatas 2:16, 17. O que ele quis dizer por “justificação”? Êx 23:7 e Dt 25:1

Justificação é um termo dos tribunais. Está relacionado com o veredito que um juiz pronuncia quando uma pessoa é declarada inocente. É o oposto de condenação. Para alguns dos cristãos judeus, também significava ser considerado membro da comunidade da aliança.



Ashley BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Segunda, 17 de outubro
cpb - evidência

Uma lição de Lutero



Na carta aos Gálatas encontramos que certos cristãos judeus, conhecidos como judaizantes, estavam ensinando os cristãos gentios que eles precisavam seguir as leis de Moisés para ser salvos (At 15:1). Paulo veementemente argumentou contra esta crença em sua carta aos cristãos gálatas. Foi pelo estudo dessa carta que Martinho Lutero foi convencido da verdadeira natureza da salvação. Ele argumentou que a justificação teológica nunca é baseada em mérito, que os cristãos não poderiam depender da sua participação em comunhão, confissão e indulgências para ganhar seu caminho para o Céu.

Na verdade, nossa natureza pecaminosa faz com que alcançar a justiça por nós mesmos, se torne um absurdo. Felizmente, Deus oferece uma alternativa: fé em Seu Filho que morreu para nos salvar. Tal fé é poderosa. Mesmo que seja pequenina, ela pode remover grandes obstáculos de nossa vida (Mt 17:20). A fé iguala todas as posições sociais, uma vez que atrai pessoas de todas as esferas da vida ao pé da cruz, onde Jesus morreu para que pudéssemos ser justificados pela fé nEle.

Mas espere! Existe mais! Porque até mesmo “os demônios creem” (Tg 2:19), fé jamais pode ser apenas um assentimento cultural a um conjunto de doutrinas. Tiago continua explicando que “as obras de Abraão proveram a genuinidade da fé que Deus declarou justa. Como Paulo, Tiago coloca a fé no centro da justificação e ilustra sua vitalidade citando os feitos dignos de homens justificados.”1
“Somente através das obras a fé pode ser provada e demonstrada; e somente pela fé as obras serão produzidas e concluídas. A fé é obrigada a transbordar em ação; e ação começa somente quando alguém tem fé em alguma grande causa ou princípio que Deus apresenta a ele.”2

Essa fé que combina crença intelectual com “ações dignas”, é a fé que nos conecta com a nossa Fonte de Vida e nos mantém fundamentados e crescendo. Com ela, podemos nos apegar à Palavra de Deus e estar seguros de que cresceremos e prosperaremos na graça de Cristo.

1. The SDA Bible Commentary, v. 7, 2ª ed., p. 522.
2. William Barclay, The Letters of James and Peter [As Cartas de Tiago e Pedro], rev. ed. (Philadelphia, Pa.: The Westminster Press, 1976), p. 78.


Mãos à Bíblia

2. Paulo disse três vezes em Gálatas 2:16 que uma pessoa não é justificada por “obras da lei”. O que ele quis dizer com a expressão “obras da lei”? Gl 2:16, 17; 3:2, 5, 10; Rm 3:20, 28

A expressão “as obras da lei” envolve todos os requisitos encontrados nos mandamentos dados por Deus por intermédio de Moisés, sejam morais ou cerimoniais. O raciocínio de Paulo era que, não importa quanto nos esforcemos para seguir e obedecer à lei de Deus, nossa obediência nunca será suficientemente boa para que Deus nos justifique, para que nos declare justos diante dEle.


Melissa BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Terça, 18 de outubro
cpb - exposição

A maior promessa de Deus



Paulo se sentiu tão seguro sobre a verdade do evangelho que julgou ser necessário confrontar Pedro em relação ao seu comportamento, apesar de que outros podem tê-lo julgado como sendo politicamente conveniente. Na lição de hoje, vamos compreender os sentimentos de Paulo ao estudarmos um evento crucial na história israelita e outros exemplos de seus escritos.

Exortação da história espiritual (Gn 15:5, 6). Leia todo o capítulo 15 de Gênesis. Abraão, o pai tanto da nação judaica quanto dos fiéis espirituais de todas as nações, teve uma experiência registrada nesse capítulo. Essa experiência é tão significante que Paulo a menciona em Romanos 4:1-5. O estado de justiça (ser e fazer correto) é concedido por Deus a Abraão independentemente de qualquer ato ou conduta da parte de Abraão. Dois elementos fundamentais formam a base dessa experiência de justificação pela fé: (1) o fracasso do homem na realização de ser e fazer (nesse caso, ser pai tendo uma criança), e (2) a óbvia impossibilidade humana de conseguir fazê-lo.

A caminhada de Abraão pela fé deveria servir de exemplo a todos os verdadeiros crentes até ao fim dos tempos. Todos os verdadeiros crentes chegam ao ponto de compreender que não podem obter justiça através de suas próprias realizações. Não podem obter a graça de Deus sendo bons. Ao contrário, a graça vem até eles pela Sua promessa.

Os próprios escritos de Paulo (Rm 3:8, 10-20; Gl 2:15-21). Leia o capítulo todo de Romanos 3. Apesar de haver muito para compreender nesse capítulo incrível, vamos tratar apenas com a abordagem de Paulo sobre a base ou fundamento para a justificação pela fé que vimos em Gênesis 15. Primeiro, há a impossibilidade de as pessoas se salvarem de sua condição pecaminosa. Assim como Abrão e Sara alcançaram um ponto em que se tornaram pais, tendo um filho, algo que era humanamente impossível, Paulo concorda que não há quem possa obter justificação por si mesmo nem por suas próprias ações. A justificação simplesmente não é uma realização humana. Segundo, a justificação é algo que acontece somente através da fé na promessa de Deus.

Agora leia todo o capítulo 2 da carta aos gálatas. Existe uma tentação frequentemente encontrada entre os grupos religiosos de aderir à crença de que a superioridade espiritual está ligada a ser e fazer. Pedro lutou com isso quando expôs o pensamento de que os circuncidados possuíam uma posição espiritual superior à dos incircuncisos.

Em comparação ao amplo escopo da humanidade abordada em Romanos 3, Paulo resume o argumento em Gálatas 2:15-21. Ele afirma nesses versos que mesmo os judeus – que estavam tão bem familiarizados com a lei de Deus, que dentre todas as pessoas possuíam elevada compreensão da verdade e sua prática – ainda precisavam encontrar sua justificação em Cristo. Ele repete sua convicção de que ninguém pode ser justificado por obedecer à lei. Os judeus tinham vantagens espirituais significativas sobre os gentios que deveriam ter sido consideradas grandes bênçãos (Rm 3:1, 2). Essas vantagens, contudo, não tinham nada que ver com obter a justificação de fato. Não havia uma salvação coletiva só pelo fato de alguém ser judeu. Paulo repete aqui a verdade de que a justificação é inacessível mesmo pelo mais favorecido dos crentes.

Agora leia todo o capítulo 3 de Filipenses. Se os grupos religiosos têm a tendência de se justificar por seu modo de ser e fazer, ainda maior é a tendência dos indivíduos se declararem corretos e justificados. Paulo combate esta tentação ao reduzir a questão da justificação pela fé ao seu próprio testemunho. Ele tinha alcançado um nível de realização religiosa que poucos tinham até mesmo a mais remota possibilidade de obter. Mas em todo esse modo de ser e fazer, Paulo declara que chegou ao ponto em que se deu conta de que sua ânsia pela justiça poderia somente ser satisfeita ao aceitá-la como um presente de Jesus Cristo. Em face de tal promessa, seus feitos humanos não lhe trouxeram justificação com Deus nem genuína superioridade entre os humanos.

Tornando pessoal (Fp 3:7-9). A conveniência política de Pedro compromete a essência do evangelho que Deus havia apresentado à humanidade desde o começo do pecado (Gn 3:21). Deveríamos considerar cuidadosamente como nos justificamos com base em nossa posição social, filiação religiosa e nas boas obras que fazemos. Na maioria dos casos, nossa bondade nestas áreas baseia-se unicamente em realização humana.

No entanto, como Abraão e Paulo, Deus conduzirá cada um de nós através de circunstâncias que nos convencerão de que realizar por nós mesmos o que realmente desejamos é impossível. Nosso coração se cansará com o trabalho que permanece ineficaz para nos garantir a paz (Sl 107:12, 13; Is 57:12, 13). A esperança de Deus ao chegar neste ponto não é que tentemos mais; ao contrário, que voltemos nossa esperança para o cumprimento de Suas promessas em nossa vida.


Pense nisto

1. Liste algumas tentações à superioridade espiritual a que sua igreja ou colegas podem estar sujeitos.
2. Se você realmente acreditasse que o amor de Deus e Sua aprovação por você não tem por base se você é vegan, se não usa joias, ou se é voluntário para ajudar no projeto do sopão em sua comunidade, quanto de sua vida mudaria? Por quê?



Mãos à Bíblia

Cristo fez o que todos deixaram de fazer: só Ele foi fiel a Deus em tudo que fez. Nossa esperança está na fidelidade de Cristo, não na nossa. A fé nada acrescenta à justificação, como se fosse meritória. Em vez disso, é o meio pelo qual nos apegamos a Cristo. Não somos justificados com base em nossa fé, mas com base na fidelidade de Cristo por nós, que reivindicamos por meio da fé.

3. Leia Romanos 3:22, 26; Gálatas 3:22; Efésios 3:12; e Filipenses 3:9. Qual é a única base para nossa salvação? Escolha a melhor resposta:

A) Nossa obediência à lei e o sacrifício de Cristo. ( )
B) Nossa obediência e a obediência de Cristo. ( )
C) A fidelidade de Cristo por nós e Sua perfeita obediência, aceitas pela fé. ( )


Glenn G. Poole IIElbert, Colorado, EUA




Quarta, 19 de outubro
cpb - testemunho

Fazendo a fé funcionar



“Antes de sua conversão, Paulo se considerava irrepreensível ‘segundo a justiça que há na lei’ (Fp 3:6). Mas após a mudança de coração, ele alcançou uma clara concepção da missão do Salvador como Redentor da humanidade toda: judeus e gentios, e aprendeu a diferença entre a fé viva e o formalismo morto.”1

O crente vê Jesus como Ele é, e contemplando-O, é transformado à Sua imagem. A experiência daqueles que estão verdadeiramente convertidos dão testemunho de que Deus é o autor da salvação eterna, e que a graça de Cristo é sabedoria e poder.”2

“Aqueles que estiveram esperando para se fazerem mais dignos do favor divino antes de se aventurarem a reclamar as promessas de Deus, estiveram a cometer um erro fatal. Só Jesus limpa do pecado; só Ele pode perdoar nossas transgressões. Ele Se comprometeu a ouvir a petição e conceder a oração daqueles que O buscam com fé. Muitos têm uma ideia vaga de que precisam fazer algum esforço maravilhoso para ganhar o favor de Deus. Mas toda autoconfiança é em vão. É somente conectando-se com Jesus através da fé que o pecador se torna um esperançoso, convicto filho de Deus.3

“A lei de Deus tem sido apresentada às congregações com forte ênfase e quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às ideias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo.”4

1. Atos dos Apóstolos, p. 190.
2. The Advent Review and Sabbath Herald, 7 de janeiro de 1902, “Our Failure to Fulfill the Savior’s Commission.”
3. Christian Experience and Teachings of Ellen G. White, p. 18.
4. Fé e Obras, p. 18.


Mãos à Bíblia

4. Qual é a origem da fé? Gn 15:5, 6; Jo 3:14-16; 2Co 5:14, 15; Gl 5:6

A genuína fé bíblica é sempre uma resposta ao Senhor. A fé está enraizada na nossa percepção do que Cristo fez por nós na cruz.

5. Se a fé é uma resposta ao Senhor, o que essa resposta deve incluir? O que podemos entender sobre a natureza da fé? Jo 8:32, 36; At 10:43; Rm 1:5, 8; 6:17; Hb 11:6; Tg 2:19

Um exame cuidadoso das Escrituras revela que a fé envolve não apenas o conhecimento sobre Deus. A verdadeira fé também afeta o modo de vida. Em Romanos 1:5, Paulo escreveu sobre a “obediência que vem pela fé”. A fé abrange o que fazemos, nossa maneira de viver, em quem confiamos e também aquilo em que acreditamos.


Nicole BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Quinta, 20 de outubro
cpb - aplicação

De legal para ilegal



É fácil começarmos a pensar que somos melhores do que aqueles que fumam, usam joias e não “guardam” o sábado. O pensamento do tipo “eu-sou-melhor-do-que-você” ocupou a mente de Pedro quando este se recusou a comer com os cristãos gentios incircuncisos; e, por causa desse pensamento, ele vivia um estilo de vida hipócrita.

A seguir encontramos algumas maneiras de nos prevenir de fazer o mesmo.

Pare! Então agradeça a Jesus. Pare de ficar pensando o seguinte: (1) “Veja as tatuagens nos seus braços! Ela deve ter um caráter difícil!” (2) “Bem, Jennifer finalmente decidiu vir para a igreja” (3) “Eu não posso acreditar que Kevin foi nadar no sábado passado!” Em vez disso, agradeça a Jesus pelas pessoas que você tende a criticar, e agradeça a Ele por ter morrido na cruz em favor de cada um.

Seja atuante / Importe-se. Na próxima vez que você vir alguém que não se enquadra em sua definição de “bom cristão”, auxilie-o e determine como você pode ajudá-lo melhor. Isso pode fazer grande diferença não só para aquela pessoa, mas também para você. Pode ser que isso não seja a coisa “mais legal” de se fazer, e você seja criticado por fazê-lo, mas é isso o que Jesus faria, e o que Ele pensa é mais importante do que qualquer outra coisa.

Seja unificador. Efésios 2:11-17 nos ensina que todos somos um em Cristo e que as paredes do preconceito foram derrubadas quando Ele morreu na cruz. Seja o nosso preconceito para com os outros por causa da cor de sua pele, aparência física, quão “bem” eles guardam o sábado, ou como eles gastam seu tempo livre, precisamos lembrar que Deus morreu por todos nós. Todos somos injustos e todos sem valor, mas Ele escolheu nos dar a salvação mesmo assim. Pense e ore, importe-se e aja cuidadosamente para unir as pessoas ao seu redor como um só corpo em Cristo.


Pense nisto

1. É você como Paulo ou como Pedro? Como as pessoas à sua volta podem saber qual deles você é?
2. Quais são algumas áreas em sua vida em que você pode trabalhar ou melhorar sua maneira de reagir em relação aos outros?



Mãos à Bíblia

6. Como Paulo descreveu sua união com Jesus Cristo? Como essa descrição refuta as objeções levantadas por seus adversários? Gl 2:19-21

Aceitar Cristo pela fé não é um jogo de faz de conta celestial, em que Deus considera a pessoa como justa enquanto não há mudança real nenhuma em sua maneira de viver. Ao contrário, envolve uma completa união com Cristo, em Sua morte e ressurreição. O Cristo ressuscitado vive dentro de nós, nos tornando diariamente mais e mais semelhantes a Ele. Portanto, a fé em Cristo não é um pretexto para o pecado.


Amanda CoreaHagerstown, Maryland, EUA




Sexta, 21 de outubro
cpb - opinião

“Olhando com o coração”



Após a vitória de Abraão contra os quatro reis que capturaram Ló, ele imaginou que sua recompensa já havia sido dada nesta terra e, se houvessem recompensas futuras, a quem seriam dadas sendo que ele não tinha descendência? Deus aliviou suas preocupações, prometendo-lhe descendência abundante e recompensa futura. Abraão creu sem precisar de prova adicional. Deus creditou a ele esta fé como justiça (Gn 15:6).

Abraão não foi a única pessoa a experimentar ansiedade ou deparar-se com situações de incerteza. Pessoas de todas as idades têm enfrentado isso. Em Thunder from Jerusalem [Trovão de Jerusalém], um livro sobre a fundação do Estado de Israel, um dos personagens descreve fé: “Embora não possamos sempre ver com nossos olhos a mão protetora do Todo-poderoso, precisamos olhar com nosso coração [...]. Isso é chamado fé. Mesmo quando a batalha parece tão grande que seremos derrotados, ainda precisamos confiar no Senhor.”* Não importa quão desoladora a batalha pareça aos nossos olhos (assim como a batalha pelo Estado renovado de Israel certamente pareceu aos seus novos habitantes em 1948), devemos ter fé que os planos de Deus para nós serão bem-sucedidos.

Hoje, crentes e descrentes enfrentam tempos difíceis. A recessão econômica tem afetado milhões de vidas e até a data deste escrito apresenta pequeno sinal de melhora. Ainda assim, as pessoas anseiam pelo dia em que a economia se recupere. Crentes em Cristo também esperam o dia em que a batalha entre Deus e Satanás terminará e estaremos no Céu com nosso Salvador. Sinais de que essa batalha está se intensificando estão se tornando mais visíveis.

Independentemente de qual experiência, batalha ou preocupação estejamos enfrentando – quer se trate de armadilhas financeiras, um próximo exame ou desentendimentos familiares – Abraão nos deixou um exemplo excelente. Gênesis 15 nos dá uma imagem clara do que devemos fazer – ter fé em Deus. Em resposta, Ele nos outorga essa fé como justiça. Paulo descreve de maneira maravilhosa nossa caminhada de fé: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido” (1Co 13:12).

* Thoene, Bodie & Brock, Thunder From Jerusalem (New York City: Viking Penguin, 2000), p. 38.


Dicas

1. Faça uma lista de “sistemas” diferentes feitos pelo homem que exigem um alto grau de sua confiança, como aviões, intervenções médicas e sistemas de navegação de satélites. Compare sua confiança nessas tecnologias criadas pelos homens com sua confiança na habilidade de Jesus de salvá-lo.
2. Coloque numa vasilha atrativa dez pequenos objetos com os quais se pode fazer coisas importantes: a chave de seu carro; uma caneta que poderia escrever um livro que mudaria o mundo; um palito de fósforo, etc. Reflita na visão que cada um deles dá a você sobre o efeito poderoso em sua vida de um pequenino grão de fé em Jesus.

LIÇÃO DE 15 A 22 DE OUTUBROJUSTIFICÃO PELA FÉ

Justificação pela fé

Casa Publicadora Brasileira – Lição 442011



Sábado à tarde
Ano Bíblico: Mc 4–6


VERSO PARA MEMORIZAR: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gl 2:20, RC)

Leituras da semana: Gl 2:15-21; Ef 2:12; Fp 3:9; Rm 3:8, 10-20; Gn 15:5, 6;

Como vimos na semana passada, Paulo confrontou Pedro publicamente em Antioquia, pela falta de coerência entre a fé que ele defendia e o comportamento que ele apresentava. Na melhor das hipóteses, a decisão de Pedro de não mais comer com antigos pagãos sugeria que eles eram cristãos de segunda categoria. As ações de Pedro davam a entender que, se eles realmente quisessem fazer parte da família de Deus e desfrutar as bênçãos da completa mesa da comunhão, deviam primeiro se submeter ao rito da circuncisão.

O que Paulo realmente disse a Pedro naquela ocasião tensa? Na lição desta semana, estudaremos o que é provavelmente um resumo do que se passou. Essa passagem contém algumas das expressões mais concentradas no Novo Testamento, o que é extremamente importante porque, pela primeira vez, são apresentadas várias palavras e frases fundamentais, tanto para a compreensão do evangelho quanto do restante da carta de Paulo aos gálatas. Essas palavras-chave incluem justificação, justiça, obras da lei, crença e não apenas fé, mas a fé de Jesus.

O que Paulo quis dizer com esses termos, e o que eles nos ensinam sobre o plano da salvação?




Domingo
Ano Bíblico: Mc 7–9


A questão da “justificação”


1. Em Gálatas 2:15 Paulo escreveu: “Nós, judeus de nascimento e não ‘gentios pecadores’” (NVI). O que ele quis dizer?

As palavras de Paulo devem ser entendidas no seu contexto. Na tentativa de conquistar os judeus cristãos para seu lado, Paulo começou com um raciocínio que eles aceitariam, a tradicional distinção entre judeus e gentios. Os judeus eram os eleitos de Deus, aos quais foi confiada Sua lei, e desfrutavam os benefícios da relação de aliança com Ele. Os gentios, no entanto, eram pecadores. A lei de Deus não restringia seu comportamento, e eles estavam fora das alianças da promessa (Ef 2:12; Rm 2:14). Embora os gentios obviamente fossem “pecadores”, no verso 16 Paulo advertiu os cristãos judeus de que seus privilégios espirituais não os tornavam mais aceitáveis a Deus, porque ninguém é justificado pelas “obras da lei”.

2. Paulo usou a palavra justificado quatro vezes em Gálatas 2:16, 17. O que ele queria dizer por “justificação”? Êx 23:7; Dt 25:1

O verbo justificar é um termo-chave para Paulo. Das trinta e nove vezes que ele ocorre no Novo Testamento, 27 estão nas cartas de Paulo. Ele o usa oito vezes em Gálatas, incluindo quatro referências em Gálatas 2:16, 17. Justificação é um termo legal, usado nos tribunais. Está relacionado com o veredito que um juiz pronuncia quando uma pessoa é declarada inocente das acusações apresentadas contra ela. É o oposto de condenação. Além disso, visto que as palavras justo e reto vêm da mesma palavra grega, o fato de uma pessoa “ser justificada” significa que ela também é considerada “reta”. Assim, justificação envolve mais do que simplesmente absolvição ou perdão. É uma declaração afirmativa de que a pessoa é justa.

Para alguns dos cristãos judeus, no entanto, justificação era também relacional. Ela envolvia seu relacionamento com Deus e Sua aliança. Ser “justificado” também significava que a pessoa era considerada fiel membro da comunidade da aliança divina, a família de Abraão.

Leia Gálatas 2:15-17. O que Paulo diz ali? Como você pode aplicar essas palavras à sua própria experiência cristã?




Segunda
Ano Bíblico: Mc 10–12


Obras da lei


3. Paulo disse três vezes em Gálatas 2:16 que uma pessoa não é justificada por “obras da lei”. O que ele quis dizer com a expressão “obras da lei”? O que os seguintes textos revelam sobre essa questão? Gl 2:16, 17; 3:2, 5, 10; Rm 3:20, 28

Antes de entender a expressão “as obras da lei”, precisamos entender o que Paulo quis dizer com a palavra lei. A palavra lei (nomos, em grego) é encontrada 121 vezes nas cartas de Paulo. Ela pode se referir a uma série de coisas diferentes, incluindo a vontade de Deus para Seu povo, os primeiros cinco livros de Moisés, todo o Antigo Testamento, ou apenas um princípio geral. No entanto, a principal forma pela qual Paulo usa a palavra se refere a toda a coleção dos mandamentos de Deus dada ao Seu povo através de Moisés.

A expressão “as obras da lei” provavelmente envolva, portanto, todos os requisitos encontrados nos mandamentos dados por Deus por intermédio de Moisés, sejam morais ou cerimoniais. O raciocínio de Paulo é que não importa o quanto nos esforcemos para seguir e obedecer à lei de Deus, nossa obediência nunca será suficientemente boa para que Deus nos justifique, para que nos declare justos diante dEle. Isso porque Sua lei exige absoluta fidelidade de pensamento e ação, não apenas por algum tempo, mas o tempo todo, e não apenas para alguns de Seus mandamentos, mas para todos eles.

Embora a expressão “obras da lei” não ocorra no Antigo Testamento e não seja encontrada no Novo Testamento, exceto nos escritos de Paulo, uma impressionante confirmação de seu significado surgiu em 1947, com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, uma coleção de textos copiados por um grupo de judeus, chamados essênios, que viveram na época de Jesus. Embora escritos em hebraico, um dos manuscritos contém essa mesma expressão. O título do manuscrito é Miqsat Ma’as Ha-Torah, que pode ser traduzido como “Importantes obras da lei”. O documento descreve uma série de questões baseadas na lei bíblica a respeito de prevenir a contaminação das coisas santas, incluindo algumas que designavam os judeus como distintos dos gentios. No fim, o autor escreveu o seguinte: se essas “obras da lei” forem seguidas, “você será considerado justo” diante de Deus. Ao contrário de Paulo, o autor não oferece ao leitor a justiça com base na fé, mas com base no comportamento.

Você guarda a lei de Deus de maneira satisfatória? Você realmente sente que a obedece tão bem que pode ser justificado diante de Deus com base na guarda da lei? (Rm 3:10-20). Se não, por que não? Como sua resposta ajuda a compreender o conceito de Paulo sobre o tema?




Terça
Ano Bíblico: Mc 13, 14


A base da nossa justificação


Não devemos supor que os judeus cristãos estivessem sugerindo que a fé em Cristo não era importante; afinal, todos eles tinham fé em Jesus e acreditavam nEle. Seu comportamento mostrava, contudo, que eles percebiam que a fé não era suficiente por si só; ela devia ser complementada com a obediência, como se a obediência acrescentasse algo ao ato da justificação em si. No raciocínio deles, justificação era tanto pela fé quanto pelas obras. A maneira pela qual Paulo repetidamente contrasta fé em Cristo com obras da lei indica sua forte oposição a esse tipo de abordagem que incluía “ambos” os aspectos. Fé, somente a fé, é a base da justificação.

Para Paulo, igualmente, a fé não era apenas um conceito abstrato; ela estava inseparavelmente ligada a Jesus. Na verdade, a expressão traduzida duas vezes como “fé em Cristo” em Gálatas 2:16 é muito mais significativa do que qualquer tradução pode realmente abranger. A expressão em grego é traduzida literalmente como “a fé” ou “fidelidade” de Jesus. Essa tradução literal revela o forte contraste que Paulo estabeleceu entre as obras da lei que nós fazemos e a obra de Cristo realizada em nosso favor, a obra que Ele, através de Sua fidelidade (por isso, a “fidelidade de Jesus”), tem feito por nós.

É importante lembrar que a fé nada acrescenta à justificação, como se fosse meritória em si mesma. A fé é, em vez disso, o meio pelo qual nos apegamos a Cristo e Sua obra em nosso favor. Não somos justificados com base em nossa fé, mas com base na fidelidade de Cristo por nós, que reivindicamos para nós através da fé.

Cristo fez o que todos deixaram de fazer: só Ele foi fiel a Deus em tudo que fez. Nossa esperança está na fidelidade de Cristo, não na nossa. Como um autor afirma, “Nós cremos em Cristo, e não que possamos ser justificados por essa crença, mas que podemos ser justificados por Sua fé (fidelidade) em Deus” (John McRay, Paul: His Life and Teaching [Paulo: Sua Vida e Ensino], Grand Rapids, Mich.: Baker Academic, 2003, p. 355).

Uma primitiva tradução siríaca de Gálatas 2:16 comunica bem o pensamento de Paulo: “Portanto, sabemos que um homem não é justificado a partir das obras da lei, mas pela fé de Jesus, o Messias, e nós cremos nEle, em Jesus, o Messias, que por causa de Sua fé, a fé do Messias, podemos ser justificados, e não pelas obras da lei”.

4. Qual é a única base para nossa salvação? Rm 3:22, 26; Gl 3:22; Ef 3:12; Fp 3:9

A) Nossa obediência à lei e o sacrifício de Cristo.
B) Nossa obediência e a obediência de Cristo.
C) A fidelidade de Cristo por nós e Sua perfeita obediência, aceitas pela fé.

Entender esse assunto causa alguma surpresa a você? Você sente alegria ou decepção?




Quarta
Ano Bíblico: Mc 15, 16


A obediência da fé


Paulo deixa claro que a fé é absolutamente fundamental para a vida cristã. É o meio pelo qual lançamos mão das promessas que temos em Cristo. Mas o que é a fé, exatamente? O que ela envolve?

5. Qual é a origem da fé? Gn 15:5, 6; Jo 3:14-16; 2Co 5:14, 15; Gl 5:6

A genuína fé bíblica é sempre uma resposta ao Senhor. A fé não é algum tipo de sentimento ou atitude que a pessoa decide tomar, em algum momento, porque Deus exige. Ao contrário, a verdadeira fé se origina em um coração tocado por um sentimento de gratidão e amor pela bondade de Deus. Por isso, quando a Bíblia fala sobre fé, essa fé sempre provém de iniciativas que Deus tem tomado. No caso de Abraão, por exemplo, a fé foi sua resposta às promessas incríveis que Deus tinha feito a ele (Gn 15:5, 6). Já no Novo Testamento, Paulo disse que, em última análise, a fé está enraizada na nossa percepção do que Cristo fez por nós na cruz.

6. Se a fé é uma resposta ao Senhor, o que essa resposta deve incluir? O que podemos entender sobre a natureza da fé? Jo 8:32, 36; At 10:43; Rm 1:5, 8; 6:17; Hb 11:6; Tg 2:19

Muitas pessoas definem fé como “crença”. Essa definição é problemática, pois em grego a palavra para “fé” é simplesmente a forma substantivada do verbo “crer”. Usar uma forma para definir a outra é como dizer que “fé é ter fé”. Isso não nos diz nada.

Um exame cuidadoso das Escrituras revela que a fé envolve não só o conhecimento sobre Deus, mas um consentimento mental ou aceitação desse conhecimento. Essa é uma razão pela qual é tão importante ter uma imagem correta de Deus. Ideias distorcidas sobre o caráter de Deus, na verdade podem tornar mais difícil o exercício da fé. Mas uma aceitação intelectual do evangelho não é suficiente, pois, nesse sentido, “até os demônios creem” (Tg 2:19). A verdadeira fé também afeta o modo de vida de alguém. Em Romanos 1:5, Paulo escreveu sobre a “obediência que vem pela fé”. Paulo não disse que a obediência é o mesmo que fé. Ele quis dizer que a verdadeira fé afeta o conjunto da vida de uma pessoa, não apenas a mente. Ela envolve compromisso com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e não apenas uma lista de regras. A fé abrange o que fazemos, nossa maneira de viver, em quem confiamos e também aquilo em que acreditamos.




Quinta
Ano Bíblico: Lc 1, 2


A fé promove o pecado?


Uma das principais acusações contra Paulo era a de que seu evangelho da justificação pela fé apenas encorajava as pessoas ao pecado (Rm 3:8, 6:1). Sem dúvida, os acusadores argumentavam que, se as pessoas não têm que cumprir a lei para ser aceitas por Deus, por que devem se preocupar com sua maneira de viver?

7. Como Paulo respondeu à acusação de que a doutrina da justificação pela fé apenas encoraja o comportamento pecaminoso? Gl 2:17, 18

Paulo respondeu às acusações de seus adversários nos termos mais fortes possíveis: “De maneira nenhuma!” (RC). Embora seja possível que uma pessoa caia em pecado após ir a Cristo, a responsabilidade certamente não seria de Cristo. Se transgredimos a lei, nós mesmos somos os transgressores.

8. Como Paulo descreveu sua união com Jesus Cristo? Como essa descrição refuta as objeções levantadas por seus adversários? Gl 2:19-21

Paulo considerou o raciocínio de seus opositores simplesmente absurdo. Aceitar Cristo pela fé não é algo trivial, não é um jogo de faz de conta celestial, em que Deus considera a pessoa como justa enquanto não há mudança real nenhuma na sua maneira de viver. Ao contrário, aceitar Cristo pela fé é extremamente radical. Envolve uma completa união com Cristo, uma união em Sua morte e ressurreição. Espiritualmente falando, Paulo disse que somos crucificados com Cristo, e morrem nossos velhos caminhos pecaminosos, enraizados no egoísmo (Rm 6:5-14). Fizemos uma ruptura radical com o passado. Todas as coisas são novas (2Co 5:17). Também fomos ressuscitados para uma vida nova em Cristo. O Cristo ressuscitado vive dentro de nós, nos tornando diariamente mais e mais semelhantes a Ele mesmo. Portanto, a fé em Cristo não é um pretexto para o pecado, mas um chamado para um relacionamento com Cristo, mais profundo e mais rico do que jamais poderia ser encontrado numa religião fundamentada na lei.

Como você se relaciona com o conceito de salvação somente pela fé, sem as obras da lei? Você tem medo, pensando que isso pode ser uma desculpa para o pecado, ou você se alegra nele? O que sua resposta diz sobre sua compreensão da salvação?




Sexta
Ano Bíblico: Lc 3–5


Estudo adicional


Reiteradas vezes tem sido apresentado a mim o perigo de, como um povo, nutrir falsas ideias da justificação pela fé. Durante anos tem sido mostrado a mim que Satanás trabalharia de maneira especial para confundir a mente quanto a esse ponto. A lei de Deus tem sido considerada longamente. Ela tem sido apresentada às congregações de modo quase tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como ocorreu com a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às ideias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo...

“Não há um ponto que necessite ser realçado com mais diligência, repetido com mais frequência ou estabelecido com mais firmeza na mente de todos, do que a impossibilidade de o homem caído merecer alguma coisa por suas próprias e melhores boas obras. A salvação é unicamente pela fé em Jesus Cristo” (Ellen G. White, Fé e Obras, p. 18, 19).

“A lei requer justiça, e esta o pecador deve à lei; mas ele é incapaz de a apresentar. A única maneira em que pode alcançar a justiça é pela fé. Pela fé ele pode apresentar a Deus os méritos de Cristo, e o Senhor lança a obediência de Seu Filho a crédito do pecador. A justiça de Cristo é aceita em lugar do fracasso do homem, e Deus recebe, perdoa, justifica a pessoa arrependida e crente, trata-a como se fosse justa, e a ama como ama Seu Filho” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas , v. 1, p. 367).

Perguntas para reflexão
1. Na primeira passagem citada acima, Ellen G. White diz que nenhum assunto precisa ser mais enfatizado do que a justificação pela fé. Esses comentários são tão aplicáveis para nós hoje como foram quando ela os escreveu, há mais de cem anos? Por quê?
2. Por que Paulo disse que Cristo teria morrido sem nenhum propósito, se a justificação fosse através da lei? O que ele quis dizer com isso? Gl 2:21

Resumo: O comportamento de Pedro em Antioquia sugeriu que os ex-pagãos não podiam ser verdadeiros cristãos, a menos que fossem circuncidados. Paulo salientou o engano de tal pensamento. Deus não pode declarar justa nenhuma pessoa com base em seu comportamento, pois nem mesmo os melhores seres humanos são perfeitos. Somente aceitando o que Deus fez por nós em Cristo, os pecadores podem ser justificados diante dEle.

Respostas sugestivas: verificar na página 187.