segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LIÇAO DOS JOVENS 15 A 22 DE OUTUBRO

Justificação somente pela fé

Casa Publicadora Brasileira – Lição dos jovens 442011



“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.” (Gl 2:20)

Prévia da semana: A fé torna possível nos aproximarmos de Deus e aceitarmos Suas provisões, concedidas pela morte de Cristo, para nosso perdão e restauração a uma posição de justiça diante dEle. Pela fé podemos morrer para nós mesmos e deixar Cristo viver em nós.

Leitura adicional: Mt 17:14-20; Mc 9:14-29; Lc 23:32-46; Ellen G. White, Fé e Obras; Morris Venden, 95 Teses da Justificação Pela Fé.




Domingo, 16 de outubro
cpb - introdução

Justificação pela fé



A ideia de justificação pela fé é um conceito estranho para muitos. Embora seja simples em sua natureza, tem confundido até mesmo os mais inteligentes. Ao longo dos séculos, a conduta dos seres humanos tem sido com base no princípio de ganhar recompensa. Por exemplo, no local de trabalho, somos pagos pelo trabalho que fazemos. O que você coloca, é o que você tira. O dom da salvação de Deus está em nítido contraste com essa mentalidade de “máquina: insira o seu dinheiro e pegue o seu refrigerante”.

Muitos acreditam que precisamos ganhar nosso caminho para o Céu, mas esta crença está em conflito direto com a Palavra de Deus. Primeiramente, não temos direito ao Céu. Quando dizemos que nossas boas ações podem salvar-nos, estamos dizendo que não somos pecadores, que não merecemos morrer e, por fim, que o sacrifício de Jesus não tem relevância em nossa vida. Quando argumentamos que guardar a lei nos tornará justos, estamos insultando Sua perfeição. Quando contemplamos a bondade de Deus e Sua lei, vemos nosso próprio pecado e reconhecemos nossa necessidade de um Salvador. Romanos 3:20 afirma que “ninguém será declarado justo diante dEle baseando-se na obediência à Lei, pois é mediante a Lei que nos tornamos plenamente conscientes do pecado”.

Somente quando nos convencemos de nossa pecaminosidade nos tornamos dependentes de um Salvador que pode justificar a vida que nós mesmos não podemos salvar.

Justificação, por definição, é fazer algo justo. Fazer significa produzir, motivo para existir ou acontecer e para trazer. Dicionários definem justo como verdade, razão, justiça e justiça com base no que é certo ou legal. Em outras palavras, quando somos justificados, Deus produz um método para sermos corretos, ou para estarmos de acordo com a lei. Ele nos diz em Romanos 3, que todos pecaram e carecem da glória de Deus; e em Salmo 14:3 lemos que “não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”. Ao longo da Bíblia Deus repete que ninguém é merecedor do título justo. “Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito:

‘O justo viverá pela fé’” (Rm 1:17). Está escrito que a justiça é revelada numa vida vivida pela fé. Recebemos a justificação pela fé no poder do nosso Deus para concedê-la.


Mãos à Bíblia

1. Paulo usou a palavra justificado quatro vezes em Gálatas 2:16, 17. O que ele quis dizer por “justificação”? Êx 23:7 e Dt 25:1

Justificação é um termo dos tribunais. Está relacionado com o veredito que um juiz pronuncia quando uma pessoa é declarada inocente. É o oposto de condenação. Para alguns dos cristãos judeus, também significava ser considerado membro da comunidade da aliança.



Ashley BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Segunda, 17 de outubro
cpb - evidência

Uma lição de Lutero



Na carta aos Gálatas encontramos que certos cristãos judeus, conhecidos como judaizantes, estavam ensinando os cristãos gentios que eles precisavam seguir as leis de Moisés para ser salvos (At 15:1). Paulo veementemente argumentou contra esta crença em sua carta aos cristãos gálatas. Foi pelo estudo dessa carta que Martinho Lutero foi convencido da verdadeira natureza da salvação. Ele argumentou que a justificação teológica nunca é baseada em mérito, que os cristãos não poderiam depender da sua participação em comunhão, confissão e indulgências para ganhar seu caminho para o Céu.

Na verdade, nossa natureza pecaminosa faz com que alcançar a justiça por nós mesmos, se torne um absurdo. Felizmente, Deus oferece uma alternativa: fé em Seu Filho que morreu para nos salvar. Tal fé é poderosa. Mesmo que seja pequenina, ela pode remover grandes obstáculos de nossa vida (Mt 17:20). A fé iguala todas as posições sociais, uma vez que atrai pessoas de todas as esferas da vida ao pé da cruz, onde Jesus morreu para que pudéssemos ser justificados pela fé nEle.

Mas espere! Existe mais! Porque até mesmo “os demônios creem” (Tg 2:19), fé jamais pode ser apenas um assentimento cultural a um conjunto de doutrinas. Tiago continua explicando que “as obras de Abraão proveram a genuinidade da fé que Deus declarou justa. Como Paulo, Tiago coloca a fé no centro da justificação e ilustra sua vitalidade citando os feitos dignos de homens justificados.”1
“Somente através das obras a fé pode ser provada e demonstrada; e somente pela fé as obras serão produzidas e concluídas. A fé é obrigada a transbordar em ação; e ação começa somente quando alguém tem fé em alguma grande causa ou princípio que Deus apresenta a ele.”2

Essa fé que combina crença intelectual com “ações dignas”, é a fé que nos conecta com a nossa Fonte de Vida e nos mantém fundamentados e crescendo. Com ela, podemos nos apegar à Palavra de Deus e estar seguros de que cresceremos e prosperaremos na graça de Cristo.

1. The SDA Bible Commentary, v. 7, 2ª ed., p. 522.
2. William Barclay, The Letters of James and Peter [As Cartas de Tiago e Pedro], rev. ed. (Philadelphia, Pa.: The Westminster Press, 1976), p. 78.


Mãos à Bíblia

2. Paulo disse três vezes em Gálatas 2:16 que uma pessoa não é justificada por “obras da lei”. O que ele quis dizer com a expressão “obras da lei”? Gl 2:16, 17; 3:2, 5, 10; Rm 3:20, 28

A expressão “as obras da lei” envolve todos os requisitos encontrados nos mandamentos dados por Deus por intermédio de Moisés, sejam morais ou cerimoniais. O raciocínio de Paulo era que, não importa quanto nos esforcemos para seguir e obedecer à lei de Deus, nossa obediência nunca será suficientemente boa para que Deus nos justifique, para que nos declare justos diante dEle.


Melissa BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Terça, 18 de outubro
cpb - exposição

A maior promessa de Deus



Paulo se sentiu tão seguro sobre a verdade do evangelho que julgou ser necessário confrontar Pedro em relação ao seu comportamento, apesar de que outros podem tê-lo julgado como sendo politicamente conveniente. Na lição de hoje, vamos compreender os sentimentos de Paulo ao estudarmos um evento crucial na história israelita e outros exemplos de seus escritos.

Exortação da história espiritual (Gn 15:5, 6). Leia todo o capítulo 15 de Gênesis. Abraão, o pai tanto da nação judaica quanto dos fiéis espirituais de todas as nações, teve uma experiência registrada nesse capítulo. Essa experiência é tão significante que Paulo a menciona em Romanos 4:1-5. O estado de justiça (ser e fazer correto) é concedido por Deus a Abraão independentemente de qualquer ato ou conduta da parte de Abraão. Dois elementos fundamentais formam a base dessa experiência de justificação pela fé: (1) o fracasso do homem na realização de ser e fazer (nesse caso, ser pai tendo uma criança), e (2) a óbvia impossibilidade humana de conseguir fazê-lo.

A caminhada de Abraão pela fé deveria servir de exemplo a todos os verdadeiros crentes até ao fim dos tempos. Todos os verdadeiros crentes chegam ao ponto de compreender que não podem obter justiça através de suas próprias realizações. Não podem obter a graça de Deus sendo bons. Ao contrário, a graça vem até eles pela Sua promessa.

Os próprios escritos de Paulo (Rm 3:8, 10-20; Gl 2:15-21). Leia o capítulo todo de Romanos 3. Apesar de haver muito para compreender nesse capítulo incrível, vamos tratar apenas com a abordagem de Paulo sobre a base ou fundamento para a justificação pela fé que vimos em Gênesis 15. Primeiro, há a impossibilidade de as pessoas se salvarem de sua condição pecaminosa. Assim como Abrão e Sara alcançaram um ponto em que se tornaram pais, tendo um filho, algo que era humanamente impossível, Paulo concorda que não há quem possa obter justificação por si mesmo nem por suas próprias ações. A justificação simplesmente não é uma realização humana. Segundo, a justificação é algo que acontece somente através da fé na promessa de Deus.

Agora leia todo o capítulo 2 da carta aos gálatas. Existe uma tentação frequentemente encontrada entre os grupos religiosos de aderir à crença de que a superioridade espiritual está ligada a ser e fazer. Pedro lutou com isso quando expôs o pensamento de que os circuncidados possuíam uma posição espiritual superior à dos incircuncisos.

Em comparação ao amplo escopo da humanidade abordada em Romanos 3, Paulo resume o argumento em Gálatas 2:15-21. Ele afirma nesses versos que mesmo os judeus – que estavam tão bem familiarizados com a lei de Deus, que dentre todas as pessoas possuíam elevada compreensão da verdade e sua prática – ainda precisavam encontrar sua justificação em Cristo. Ele repete sua convicção de que ninguém pode ser justificado por obedecer à lei. Os judeus tinham vantagens espirituais significativas sobre os gentios que deveriam ter sido consideradas grandes bênçãos (Rm 3:1, 2). Essas vantagens, contudo, não tinham nada que ver com obter a justificação de fato. Não havia uma salvação coletiva só pelo fato de alguém ser judeu. Paulo repete aqui a verdade de que a justificação é inacessível mesmo pelo mais favorecido dos crentes.

Agora leia todo o capítulo 3 de Filipenses. Se os grupos religiosos têm a tendência de se justificar por seu modo de ser e fazer, ainda maior é a tendência dos indivíduos se declararem corretos e justificados. Paulo combate esta tentação ao reduzir a questão da justificação pela fé ao seu próprio testemunho. Ele tinha alcançado um nível de realização religiosa que poucos tinham até mesmo a mais remota possibilidade de obter. Mas em todo esse modo de ser e fazer, Paulo declara que chegou ao ponto em que se deu conta de que sua ânsia pela justiça poderia somente ser satisfeita ao aceitá-la como um presente de Jesus Cristo. Em face de tal promessa, seus feitos humanos não lhe trouxeram justificação com Deus nem genuína superioridade entre os humanos.

Tornando pessoal (Fp 3:7-9). A conveniência política de Pedro compromete a essência do evangelho que Deus havia apresentado à humanidade desde o começo do pecado (Gn 3:21). Deveríamos considerar cuidadosamente como nos justificamos com base em nossa posição social, filiação religiosa e nas boas obras que fazemos. Na maioria dos casos, nossa bondade nestas áreas baseia-se unicamente em realização humana.

No entanto, como Abraão e Paulo, Deus conduzirá cada um de nós através de circunstâncias que nos convencerão de que realizar por nós mesmos o que realmente desejamos é impossível. Nosso coração se cansará com o trabalho que permanece ineficaz para nos garantir a paz (Sl 107:12, 13; Is 57:12, 13). A esperança de Deus ao chegar neste ponto não é que tentemos mais; ao contrário, que voltemos nossa esperança para o cumprimento de Suas promessas em nossa vida.


Pense nisto

1. Liste algumas tentações à superioridade espiritual a que sua igreja ou colegas podem estar sujeitos.
2. Se você realmente acreditasse que o amor de Deus e Sua aprovação por você não tem por base se você é vegan, se não usa joias, ou se é voluntário para ajudar no projeto do sopão em sua comunidade, quanto de sua vida mudaria? Por quê?



Mãos à Bíblia

Cristo fez o que todos deixaram de fazer: só Ele foi fiel a Deus em tudo que fez. Nossa esperança está na fidelidade de Cristo, não na nossa. A fé nada acrescenta à justificação, como se fosse meritória. Em vez disso, é o meio pelo qual nos apegamos a Cristo. Não somos justificados com base em nossa fé, mas com base na fidelidade de Cristo por nós, que reivindicamos por meio da fé.

3. Leia Romanos 3:22, 26; Gálatas 3:22; Efésios 3:12; e Filipenses 3:9. Qual é a única base para nossa salvação? Escolha a melhor resposta:

A) Nossa obediência à lei e o sacrifício de Cristo. ( )
B) Nossa obediência e a obediência de Cristo. ( )
C) A fidelidade de Cristo por nós e Sua perfeita obediência, aceitas pela fé. ( )


Glenn G. Poole IIElbert, Colorado, EUA




Quarta, 19 de outubro
cpb - testemunho

Fazendo a fé funcionar



“Antes de sua conversão, Paulo se considerava irrepreensível ‘segundo a justiça que há na lei’ (Fp 3:6). Mas após a mudança de coração, ele alcançou uma clara concepção da missão do Salvador como Redentor da humanidade toda: judeus e gentios, e aprendeu a diferença entre a fé viva e o formalismo morto.”1

O crente vê Jesus como Ele é, e contemplando-O, é transformado à Sua imagem. A experiência daqueles que estão verdadeiramente convertidos dão testemunho de que Deus é o autor da salvação eterna, e que a graça de Cristo é sabedoria e poder.”2

“Aqueles que estiveram esperando para se fazerem mais dignos do favor divino antes de se aventurarem a reclamar as promessas de Deus, estiveram a cometer um erro fatal. Só Jesus limpa do pecado; só Ele pode perdoar nossas transgressões. Ele Se comprometeu a ouvir a petição e conceder a oração daqueles que O buscam com fé. Muitos têm uma ideia vaga de que precisam fazer algum esforço maravilhoso para ganhar o favor de Deus. Mas toda autoconfiança é em vão. É somente conectando-se com Jesus através da fé que o pecador se torna um esperançoso, convicto filho de Deus.3

“A lei de Deus tem sido apresentada às congregações com forte ênfase e quase de modo tão destituído do conhecimento de Jesus Cristo e de Sua relação para com a lei como a oferta de Caim. Foi-me mostrado que muitos se conservam longe da fé devido às ideias embaralhadas e confusas acerca da salvação, e porque os pastores têm trabalhado de maneira errônea para alcançar os corações. O ponto que durante anos tem sido recomendado com insistência à minha mente é a justiça imputada de Cristo.”4

1. Atos dos Apóstolos, p. 190.
2. The Advent Review and Sabbath Herald, 7 de janeiro de 1902, “Our Failure to Fulfill the Savior’s Commission.”
3. Christian Experience and Teachings of Ellen G. White, p. 18.
4. Fé e Obras, p. 18.


Mãos à Bíblia

4. Qual é a origem da fé? Gn 15:5, 6; Jo 3:14-16; 2Co 5:14, 15; Gl 5:6

A genuína fé bíblica é sempre uma resposta ao Senhor. A fé está enraizada na nossa percepção do que Cristo fez por nós na cruz.

5. Se a fé é uma resposta ao Senhor, o que essa resposta deve incluir? O que podemos entender sobre a natureza da fé? Jo 8:32, 36; At 10:43; Rm 1:5, 8; 6:17; Hb 11:6; Tg 2:19

Um exame cuidadoso das Escrituras revela que a fé envolve não apenas o conhecimento sobre Deus. A verdadeira fé também afeta o modo de vida. Em Romanos 1:5, Paulo escreveu sobre a “obediência que vem pela fé”. A fé abrange o que fazemos, nossa maneira de viver, em quem confiamos e também aquilo em que acreditamos.


Nicole BreetzkeBurtonsville, Maryland, EUA




Quinta, 20 de outubro
cpb - aplicação

De legal para ilegal



É fácil começarmos a pensar que somos melhores do que aqueles que fumam, usam joias e não “guardam” o sábado. O pensamento do tipo “eu-sou-melhor-do-que-você” ocupou a mente de Pedro quando este se recusou a comer com os cristãos gentios incircuncisos; e, por causa desse pensamento, ele vivia um estilo de vida hipócrita.

A seguir encontramos algumas maneiras de nos prevenir de fazer o mesmo.

Pare! Então agradeça a Jesus. Pare de ficar pensando o seguinte: (1) “Veja as tatuagens nos seus braços! Ela deve ter um caráter difícil!” (2) “Bem, Jennifer finalmente decidiu vir para a igreja” (3) “Eu não posso acreditar que Kevin foi nadar no sábado passado!” Em vez disso, agradeça a Jesus pelas pessoas que você tende a criticar, e agradeça a Ele por ter morrido na cruz em favor de cada um.

Seja atuante / Importe-se. Na próxima vez que você vir alguém que não se enquadra em sua definição de “bom cristão”, auxilie-o e determine como você pode ajudá-lo melhor. Isso pode fazer grande diferença não só para aquela pessoa, mas também para você. Pode ser que isso não seja a coisa “mais legal” de se fazer, e você seja criticado por fazê-lo, mas é isso o que Jesus faria, e o que Ele pensa é mais importante do que qualquer outra coisa.

Seja unificador. Efésios 2:11-17 nos ensina que todos somos um em Cristo e que as paredes do preconceito foram derrubadas quando Ele morreu na cruz. Seja o nosso preconceito para com os outros por causa da cor de sua pele, aparência física, quão “bem” eles guardam o sábado, ou como eles gastam seu tempo livre, precisamos lembrar que Deus morreu por todos nós. Todos somos injustos e todos sem valor, mas Ele escolheu nos dar a salvação mesmo assim. Pense e ore, importe-se e aja cuidadosamente para unir as pessoas ao seu redor como um só corpo em Cristo.


Pense nisto

1. É você como Paulo ou como Pedro? Como as pessoas à sua volta podem saber qual deles você é?
2. Quais são algumas áreas em sua vida em que você pode trabalhar ou melhorar sua maneira de reagir em relação aos outros?



Mãos à Bíblia

6. Como Paulo descreveu sua união com Jesus Cristo? Como essa descrição refuta as objeções levantadas por seus adversários? Gl 2:19-21

Aceitar Cristo pela fé não é um jogo de faz de conta celestial, em que Deus considera a pessoa como justa enquanto não há mudança real nenhuma em sua maneira de viver. Ao contrário, envolve uma completa união com Cristo, em Sua morte e ressurreição. O Cristo ressuscitado vive dentro de nós, nos tornando diariamente mais e mais semelhantes a Ele. Portanto, a fé em Cristo não é um pretexto para o pecado.


Amanda CoreaHagerstown, Maryland, EUA




Sexta, 21 de outubro
cpb - opinião

“Olhando com o coração”



Após a vitória de Abraão contra os quatro reis que capturaram Ló, ele imaginou que sua recompensa já havia sido dada nesta terra e, se houvessem recompensas futuras, a quem seriam dadas sendo que ele não tinha descendência? Deus aliviou suas preocupações, prometendo-lhe descendência abundante e recompensa futura. Abraão creu sem precisar de prova adicional. Deus creditou a ele esta fé como justiça (Gn 15:6).

Abraão não foi a única pessoa a experimentar ansiedade ou deparar-se com situações de incerteza. Pessoas de todas as idades têm enfrentado isso. Em Thunder from Jerusalem [Trovão de Jerusalém], um livro sobre a fundação do Estado de Israel, um dos personagens descreve fé: “Embora não possamos sempre ver com nossos olhos a mão protetora do Todo-poderoso, precisamos olhar com nosso coração [...]. Isso é chamado fé. Mesmo quando a batalha parece tão grande que seremos derrotados, ainda precisamos confiar no Senhor.”* Não importa quão desoladora a batalha pareça aos nossos olhos (assim como a batalha pelo Estado renovado de Israel certamente pareceu aos seus novos habitantes em 1948), devemos ter fé que os planos de Deus para nós serão bem-sucedidos.

Hoje, crentes e descrentes enfrentam tempos difíceis. A recessão econômica tem afetado milhões de vidas e até a data deste escrito apresenta pequeno sinal de melhora. Ainda assim, as pessoas anseiam pelo dia em que a economia se recupere. Crentes em Cristo também esperam o dia em que a batalha entre Deus e Satanás terminará e estaremos no Céu com nosso Salvador. Sinais de que essa batalha está se intensificando estão se tornando mais visíveis.

Independentemente de qual experiência, batalha ou preocupação estejamos enfrentando – quer se trate de armadilhas financeiras, um próximo exame ou desentendimentos familiares – Abraão nos deixou um exemplo excelente. Gênesis 15 nos dá uma imagem clara do que devemos fazer – ter fé em Deus. Em resposta, Ele nos outorga essa fé como justiça. Paulo descreve de maneira maravilhosa nossa caminhada de fé: “Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como em espelho; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido” (1Co 13:12).

* Thoene, Bodie & Brock, Thunder From Jerusalem (New York City: Viking Penguin, 2000), p. 38.


Dicas

1. Faça uma lista de “sistemas” diferentes feitos pelo homem que exigem um alto grau de sua confiança, como aviões, intervenções médicas e sistemas de navegação de satélites. Compare sua confiança nessas tecnologias criadas pelos homens com sua confiança na habilidade de Jesus de salvá-lo.
2. Coloque numa vasilha atrativa dez pequenos objetos com os quais se pode fazer coisas importantes: a chave de seu carro; uma caneta que poderia escrever um livro que mudaria o mundo; um palito de fósforo, etc. Reflita na visão que cada um deles dá a você sobre o efeito poderoso em sua vida de um pequenino grão de fé em Jesus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Como posso ter certeza de que a Bíblia foi realmente inspirada por Deus? É assim que muitos se eximem da responsabilidade de nortear suas vidas à luz das Sagradas Escrituras.